16.9.15

O feminismo nunca fez tanto sentido

Por outro lado, isto não faz sentido nenhum.

Planos para o fim-de-semana

Dia 20 tenho um batizado.

Acabei de me candidatar a ganhar uma participação dupla para a corrida da linha, nesse mesmo dia.

Como não tenho sorte nenhuma ao jogo, a probabilidade de ir correr esses 10km sem desembolsar um tostão é praticamente nula.

Mas seria engraçado ganhar, só por causa das coisas.

Assim, como assim, o batizado é pela zona de Cascais. Qualquer coisinha, vou a correr até à igreja e nos comes e bebes fico a feder.

14.9.15

Peso pesado

Ontem fiz questão de assistir à estreia da nova edição do programa Peso Pesado, cujos concorrentes são jovens de idades entre os 16 e 19 anos.

Não sou pessoa de lágrima fácil, nem de ter pena só porque sim. Mas ontem não consegui ficar indiferente à história daqueles jovens e o facto é que a culpa de eles estarem assim, de não gostarem do seu corpo e de si próprios, é, em grande escala, deles mesmos. Não digo que é inteiramente deles por um simples facto: há uma enorme probabilidade de não serem aqueles jovens que gerem o orçamento familiar e que são responsáveis pelas compras lá de casa. 

Todas as imagens que passaram quando cada concorrente contava um pouco sobre a sua história apresentava-os a comerem grandes quantidades de qualquer coisa (cinco ou seis bolachas recheadas de creme de chocolate, uma pratada de batatas fritas com três bifes com natas, omeletes de oito ovos, etc.). 

Aqueles jovens não ficaram assim de um momento para o outro. Muitos deles sempre se conheceram com excesso de peso, pelo que se trata de um problema que já vem de há muitos anos, portanto, de hábitos alimentares pouco saudáveis que lhes foram incutidos desde pequeninos. E é por isso que não consigo apontar o dedo somente a estes jovens e dizer-lhes "se vocês chegaram a esse estado, a culpa é inteiramente vossa!".

A mãe de um dos concorrentes desabafou que gastava uma média de 200€ por semana em comida. Por mês, ronda cerca de 800€. É mais do que aquilo que eu recebo de ordenado.

Há cerca de três anos pesava 76kg. Tenho 1.56m. Era demasiado. Sabia na altura que era demasiado, mas deixei andar. Até que vi uma foto e não me reconheci. Decidi que era altura de inverter aquela situação. Passei a ter cuidado com a alimentação (não eliminei nada, simplesmente evitava doces e fritos, reduzi a ingestão de pão e passei a consumir mais água, fruta e vegetais/legumes) e aos fins-de-semana ia correr (naquela altura trabalhava a full time e estudava à noite, pelo que fazer exercício durante a semana era incomportável). E emagreci. De inicio só me tinha movido o intuito de ficar com um corpo bonito. Mas rapidamente mudei de prioridades. O corpo bonito foi ultrapassado pela prioridade de ganhar saúde. E ganhei. 

Isto tudo não é para chegar à conclusão do '"façam como eu". Não, longe disso. Mas, olhando em retroespetiva, eu sei como cheguei aos 76kg. No secundário, rara era a semana em que não almoçava doritos, um folhado de chocolate e um refrigerante. Quando fui para a universidade, quase todos os dias o meu lanche era um bolo. Todas as semanas ia ao McDonalds. A única questão que me coloco é como é que eu só cheguei aos 76kg!

Espero, muito sinceramente, que aqueles jovens consigam atingir os objetivos que pretendem mas, mais do que isso, que não se queiram reencontrar com a pessoa que eram quando o programa começou.



27.8.15

Missão glúteos rijos que nem um pêro!


A poucos dias de acabar o desafio dos agachamentos, e após praticamente um mês com o mesmo plano de treinos, está na altura de mudar um pouco as coisas. Isto implica mais carga e diversificação. Assim, para queimar o rabo, ficam as sugestões dos links abaixo.

É agora que fico toda boa para o inverno!*




O D. afirma que sou mesmo ao contrário das pessoas normais. Enquanto que a maioria se prepara para o verão (quando está praticamente à porta), eu preparo-me para os rigores do inverno. Gosto de remar contra a maré, nada a fazer. :)

25.8.15

Em repetição constante


Ain't much I can do but I do what I can
But I'm not a fool, there's no need to pretend
Just because you got yourself in some shit
It doesn't mean I have to come deal with it
You handle your own when you become a man
And become a man when you handle your own

24.8.15

Foi lançado o desafio

Em jeito de trabalho de casa, a M. incumbiu-me de escrever algo que se veja.
Tenho até o próximo domingo.
Só custa começar, não é o que se costuma dizer?

21.8.15

Das minhas leituras


Depois de ter passado os olhos praticamente a correr pel'«O Crime do Padre Amaro», e de me ver obrigada a concordar com determinadas pessoas que me disseram há relativamente pouco tempo que, numa primeira abordagem, eu não gosto de ninguém, principalmente se forem homens - o Padre Amaro tinha ainda a desvantagem de pertencer ao clero -, tive que despachar a voar o «Lugares Escuros». E isto porque faço muita questão de hoje ir ver o filme. 
Acabei o livro em menos de três dias, mas teria sido daquelas leituras que não me importava nada que levasse mais tempo, pois é daquelas histórias que se agarram a uma pessoa e, se por um lado queremos despachar a coisa rapidamente e saber como é que a trama se vai desenrolar, por outro queremos continuar envolvidos naquela aura de mistério e suspense que estão presentes em «Lugares Escuros», e que parecem ser característicos de Gillian Flyn*. Sem dúvida um livro muito bom. Só me resta esperar que o filme esteja à altura.




*Infelizmente, em Portugal, primeiro é lançado o best seller do autor - aquele que teve muito sucesso lá fora -, e, se tiver muita saída, é que se publicam os seus trabalhos prévios. Se a escritora já tinha feito um bom trabalho com «Em Parte Incerta» (2012), este «Lugares Escuros» (2009) não lhe fica nada atrás, no meu entender, até consegue ser mais intenso. Resta-me comprar «Objetos Cortantes» e ficar mais uma vez vidrada até altas horas da noite, altura em que me lembro que às 6h tenho que me levantar para ir labutar, e que se calhar convinha dormir qualquer coisinha.

18.8.15

Melhor que nutella*

Para quem desconhece, isto é ótimo, e lamento que por cá só se vendam as bolachas que são a essência deste creme divinal.

*Vá, não é necessariamente melhor que nutella, mas que é igualmente bom, lá isso é!

10.8.15

Ando com desejos...


...de abacate. Simples, sem grandes guarnições. Simplesmente laminado numa boa salada. 
Bom início de semana.

6.8.15

Objetivo

Fiz um compromisso comigo própria de que até dezembro teria 58kg. Se perder uma média de 2kg por mês, é um objetivo realizável.

Gostava de dizer que me comprometi comigo mesma no dia 1. Mas estaria a mentir. Nesse dia prevariquei como gente grande. No dia seguinte também. Só no dia 3 o grilo falante soou mais alto e dei início ao processo de desintoxicação.

Hoje, aliado a uma dieta equilibrada, o treino foi o seguinte:
1km a correr
3 repetições de: 20x steps up; 10x flexões; 20x ABS
1km a correr
3 repetições de: 12x agachamentos; 12x flexões tricep; 12x V ups
1km a correr
3 repetições de: 20x steps up; 10x flexões; 30x tesouras
1km a correr
 




Report

Volvido para cima de um mês desde que acabaram as aulas da pós-graduação e acabei o último trabalho do primeiro ano de mestrado, devo dizer que esta vida de dolce fare niente é algo estranha.

Entre chegar a casa cedo, não ter a pressão de milhentos trabalhos para entregar, e ter tempo para me sentar no sofá, dou por mim sem saber muito bem o que fazer - muito embora haja sempre qualquer coisa para fazer.

Para este mês só tenho que entregar o trabalho da pós-graduação e depois é tempo de me dedicar a projetos pendentes.

27.7.15

Sobre as alterações à lei da IVG

«Hoje, é muito fácil as pessoas evitarem esse tipo de situações», afirmou o nosso prezadíssimo primeiro-ministro, acerca da interrupção voluntária da gravidez, num qualquer momento prévio à recente alteração da lei da IVG.

Sim, concordo plenamente com o senhor. Mas também é necessário atender que lapsos acontecem: preservativos que se rompem, pílulas que não são tomadas religiosamente, todos os dias, àquela hora, ou, pasme-se, medicamentos que cortam o efeito daquelas. Portanto, uma gravidez indesejada não é uma situação assim tão facilmente contornável quanto isso.

Sempre fui a favor da despenalização do aborto. A sua condenação, a meu ver, tinha por alicerces fundamentalismos que, em pleno século XXI, não têm razão de ser. Descartando todas e quaisquer questões de ética, essas deixo para outras núpcias, acho que a gravidez não é um assunto que deva ser abordado de ânimo leve, principalmente quando o número de crianças que sofrem de maus tratos pelos pais cresce de ano para ano. Dizem que é a crise económica. Eu digo que é crise de valores. 

Não querendo dar largas ao tema, que daria pano para mangas, fica, sucintamente, aquilo que eu acho das alterações à lei da IVG:
1. Concordo com o pagamento das taxas moderadoras quando se trate de um aborto voluntário;
2. As consulta psicológicas obrigatórias prévias à consumação do ato é simplesmente uma afronta à liberdade de escolha do cidadão, em geral, e da mulher, em particular. A decisão de abortar cabe ao casal e, em última instância, à mulher. Presumo que não seja uma decisão que se tome de ânimo leve. Porquê submeter a mulher a consultas psicológicas, ao melhor estilo de "tem a certeza que é isto que quer fazer?", que provavelmente só a dissuadirão de uma decisão difícil que foi previamente tomada?

A meu ver, a recente alteração funciona como um retrocesso daquilo que se conseguiu através do referendo. Quase que se assemelha com uma caça às bruxas contemporânea. "Ah, sua malandra! Com que então queres abortar voluntariamente... senta-te aqui no meu consultório e vamos falar sobre isso."

Por último, em resposta aos cidadãos que são «pelo direito a nascer», e longe de querer entrar em discussões jurídicas, uma palavrinha: sim, também sou pelo direito a nascer, em condições familiares e financeiras que providenciem o bem-estar do ser que está em formação!

8.5.15

Apaixonei-me

Num mundo em que se procura o elixir da juventude e se apela mais à componente estética do corpo, em detrimento de coisas mais interessantes como carácter, hoje de manhã, no comboio, perdi-me de amores por uma mulher.

As minhas viagens em transportes públicos são pautadas, por hábito, pela leitura de qualquer coisa: livro, revista, artigo, jornal, rótulos de comida, etc. Se há coisa que detesto, é não levar qualquer tipo de leitura na mala. 

Pois que hoje de manhã, decidi levantar a cabeça do livro que ando a ler («Os Cadernos de Pickwick», de Charles Dickens), e eis que os meus olhos passam por uma senhora que muita gente achará que não tem nada de especial, é só mais um rosto entre muitos. Mas esta senhora tinha o rosto coberto por uma fina rede de rugas, ainda não muito vincadas, tinha uma expressão no olhar extremamente dócil, e o cabelo grisalho. Deve ter para cima de cinquenta anos. E não se esforçava por esconder a idade que tinha. E isso, nos tempos que correm, é um tesouro.

Bom dia.

6.5.15

A disputa pelo sofá

Vivo sozinha, e tenho por única companhia quatro bestas felinas que me dão cabo do juízo. Partilhar uma casa com animais domésticos - principalmente se forem daqueles com quatro patas (vulgo, gatos e cães) - implica perder algum amor a uma casa limpa. Não me interpretem mal, aspiro a casa mais vezes do que uma pessoa sem bichos, a diferença é que a casa nunca fica imaculada. Mesmo que tenha acabado de limpar aquela assoalhada!

Mas viver com animais domésticos implica perder algum amor a outras coisas. No caso de gatos, implica perder amor a coisas tão básicas como cortinas e sofás. Ora, as primeiras pura e simplesmente não existem em minha casa. Quanto ao segundo, optei por comprar um sofá de tecido, ao invés de pele, com uma capa removivel e lavável à máquina, e coloco um lençol ao longo dos assentos e braços do mesmo. E o sofá tem resistido estoicamente. As bestas felinas já tentaram lançar-lhes as unhas, mas desta forma arranham o lençol, em vez da capa, que não é assim tão barata quanto isso.

Ora, eu tenho o lado direito do sofá reservado para mim, enquanto as bestas têm o lado esquerdo por conta delas. E se esta regra simples funcionou até ao final do inverno - o espaço estava delimitado por uma manta, e as bestas, que também têm frio, refastelavam-se naquele sítio específico -, hoje em dia, e com a manta delimitadora arrumada, encontro-me em constante disputa territorial com um deles, o Napoleão. Pois que o Napoleão entende que, giro, giro, é ocupar o lado direito do sofá, o espaço que a pessoa que o alimenta, limpa a porcaria que faz e apaparica, usa para relaxar no final de um dia de trabalho.

Engraçado é quando eu chego a casa, dou com a besta felina no canto esquerdo do sofá, aquele que lhe está reservado, e no canto direito tenho provas evidentes de que, na minha ausência, alguém se esparramou ali.

Mas qual é o problema de o gato partilhar aquele canto comigo? Não seria nenhum, se ele não fosse um norueguês dos bosques e não lhe tivesse a cair o pêlo a potes.

O caminho faz-se caminhando

No inicio da semana passada, tinha combinado com duas colegas de trabalho juntar-mo-nos para almoçar, mas que bom, bom, era reunir-mo-nos mais cedo e pôr os nossos realíssimos a mexer. 

Foi uma ideia que levou algum tempo a ganhar terreno na cabeça das minhas colegas, que me tentaram dissuadir do plano até ao último momento - sim, porque quem teve a clarividência para tal fui eu.

Confesso que estava pouco confiante que, chegado o momento da verdade, elas alinhassem em fazer exercício. Mas o facto é que, chegado o Dia do Trabalhador, e como combinado, às 11h estávamos no  Parque da Bela Vista a aquecer e alongar para um tabata adaptado para a condição física das meninas. Tirando o pequeno detalhe de ter havido um qualquer problema de comunicação (vá se lá saber porquê, uma delas entendeu que o tabata era 10 segundos a trabalhar e 20 segundos de descanso, quando é precisamente o contrário), e de alguma preguiça, a coisa correu muito bem.

Mas, assim mesmo bom, foi quando me disseram que tinham gostado da sessão, e afirmado que tínhamos que repetir a proeza.

E, às vezes, é só isto que é preciso. Ter a iniciativa para sair de casa, e, acima de tudo, sair da nossa zona de conforto. Elas estavam cépticas acerca do plano de exercícios que tinha programado. Eu afirmava que tinha sido feito atendendo à condição física delas, e não a minha - tanto que, nos exercícios em que era possível adaptar à minha condição física e puxar por mim, eram esses que optava por fazer em detrimento dos "mais fáceis".

E elas correram, coisa que juravam a pés juntos serem incapazes de fazer. Uma receita para ser mais feliz? Ter iniciativa, acreditar em nós mesmos e superar-mo-nos. E repetir, todos os dias, todo o dia. :)

29.4.15

Comer com os olhos

Não tanto como de ferrar o dente, também gosto de comer com os olhos.Ver as cores de um prato e imaginar-lhe as texturas e os prazeres que irá proporcionar às minhas papilas gostativas.

Hoje o dia começou às 5h com um treino de cardio. Para o pequeno almoço preparou-se isto:


Iogurte grego ligeiro, grânola, gérmen de trigo, uma mão cheia de morangos, outra de framboesas e bagas godji. Nhami.

Bom dia!

28.4.15

Mudar de casa

Mudei de casa há mais de quatro meses. 
Já tinha tratado do processo de alteração de morada, a carta chegou ao correio para cima de um mês, mas só ontem é que me decidi a confirmar a minha nova residência.
Não sei porquê, mas quando carreguei os novos dados através da plataforma do cartão de cidadão a tristeza abateu-se sobre mim. 
Sempre vivi em Alfragide, não obstante ter feito toda a minha vida (escolar e pessoal) fora daquela localidade. Mas só ontem é que cortei definitivamente o laço que me ligava àquele local. 
Se calhar foi por isso que andava a adiar a confirmação da nova morada. Ou então sou só preguiçosa. 

27.4.15

Sou uma pessoa que gosta de comer

Sim, confesso-me uma pessoa que gosta (gosta? não, adora!) comer. E para mim só faz sentido uma pessoa gostar de comer quando também gosta de cozinhar. E eu gosto. Dessa feita decidi adaptar uma das receitas do pecado para algo doce, mas que não me obriga a ficar o resto do dia a fazer agachamentos.



Cheesecake (que de cheese nao tem nada ;P):
Flocos de aveia
1 colher de sopa de mel
Leite magro
2 colheres de sopa de iogurte grego ligeiro
5 framboesas

Modo de preparação:
Adicionar o mel, a aveia e um "cheirinho" de leite numa tigela e envolver tudo muito bem até ficar uma pasta. Colocar uma folha de papel vegetal numa chávena de chá, deitar o preparado da base e calcar com os dedos. Levar ao congelador por 1h.
Ao servir, deitar o iogurte grego e decorar com as framboesas. Bon apetit!

(Como estava com pouco tempo, coloquei o preparado da base no congelador, mas para os mais precavidos é deixar de um dia para o outro no frigorfico.)

24.4.15

Não sabia o que fazer para o jantar

Por vezes (mais vezes que o desejável, na verdade), conciliar a rotina do dia-a-dia, onde tudo é sempre a correr e sem tempo para nada, com uma alimentação saudável não é fácil. A tentação de recorrer as refeições pré-cozinhadas e derivados é muita.

Hoje não sabia o que fazer para o jantar. E acabei com isto no prato. Três claras de ovos batidas com cebola, tomate, salsa, oregãos e pimenta. Ananás e arroz de açafrão a acompanhar. Sim, porque aqui acredita-se nos hidratos de carbono complexos depois das 18h.